segunda-feira, 30 de novembro de 2009

MEDICINA PSICOSSOMÁTICA EM ANIMAIS



A palavra psicossomática, na visão dos profissionais de saúde que compreendem o ser humano de forma integral, não pode ser compreendida como um adjetivo para alguns tipos de sintomas, pois tanto a medicina quanto a psicologia estão percebendo que não existe separação entre mente, corpo, alma e espírito que transitam nos contextos sociais, familiares, profissionais e relacionais. Então, psicossomática é uma palavra substantiva que pode ser empregada para qualquer tipo de sintoma, seja ele físico, emocional, psíquico, espiritual, profissional, relacional, comportamental, social ou familiar.
Por isso, na visão junguiana ou da psicologia integral, todo sintoma é psicossomático e pode ser um meio para que o processo do autoconhecimento possa acontecer e, por isso mesmo, Hipócrates, o pai da medicina, no seu aforismo já citava: "Homem, conheça-te a si mesmo, para poder conhecer os deuses e reconhecer o Deus que habita em ti". Então, qualquer sintoma ou queixa pode ser entendido como uma manifestação psicossomática, além de ser uma janela de oportunidade para o autoconhecimento!
O termo também pode ser compreendido, tal como descreve Mello Filho[1], como "uma ideologia sobre a saúde, o adoecer e sobre as práticas de saúde, é um campo de pesquisas sobre estes fatos e, ao mesmo tempo, uma prática, a prática de uma medicina integral". Passou por séculos de elaboração até ser definida pela primeira vez por Heinroth (psicossomática, 1918 e somatopsíquica, 1928). A Psicossomática evoluiu das investigações psicanalíticas que contribuem para o campo com informações acerca da origem inconsciente das doenças, a vantagem que o indivíduo obtém, mesmo que indiretamente, quando adoece, etc. Em seguida dos estudos behavioristas com homens e animais. Atualmente a psicossomática tem se desenvolvido segundo uma ótica multidisciplinar promovendo a interação de vários profissionais de saúde, dentre eles, médicos, fisioterapeutas e psicólogos.
Literalmente e redutivamente, alguns profissionais de saúde ainda fazem a distinção entre as doenças psicossomáticas e outras de fatores genéticos, acidentais, ambientais ou orgânicos e, neste caso limitam as manifestações psicossomáticas exclusivamente nas alterações com causas de origem psicológicas. Aceitando que a mente, por não conseguir resolver ou conviver com um determinado conflito emocional, passa a produzir mecanismos de defesa com o propósito de deslocar a dificuldade e/ou "ameaça" psíquica para o corpo. Com isso, acaba drenando, na forma de doença e seus respectivos sintomas, o afeto doloroso. Neste sentido, entre várias doenças aceitas como psicossomáticas podemos citar:
  1. Artrite
  2. Câncer e todos os tipos de doenças auto-imunes
  3. Manchas no corpo
  4. Gastrite
  5. Úlcera
  6. Asma
  7. Praticamente todos os transtornos de pele
  8. Alergias variadas
  9. Rinites
  10. Impotência sexual
  11. Muitas disfunções oftálmicas
  12. Hipertensão arterial
  13. Fibromialgia
Porém, o surgimento dos sintomas depende e varia de três fatores interdependentes:
  • Qualidade de vida, incluindo hábitos alimentares, atividades físicas, sedentarismo, etc.
  • Herança genética, que pode deixar os indivíduos mais predispostos para desenvolverem alguns tipos de doenças.
  • Fatores psicoafetivos de acordo com o manejo das emoções, dos traumas e dos sentimentos de abandono, rejeição, inclusão, culpa, etc.
REFERÊNCIAS:
  1. MELLO FILHO, Júlio (coordenador); Psicossomática hoje; Porto Alegre; Artes Médicas, 1992.



O que leva o animal a adoecer?

A Medicina Psicossomática é uma forma de entendermos porque as pessoas e os animais adoecem, e os motivos que fazem cada um ter um tipo de doença diferente do outro. São estudadas as influências que o ambiente e a personalidade exercem no processo de adoecimento. 

Como exemplo, temos as causas de um grande número de papagaios morrerem de pneumonia: as gaiolas, normalmente, são deixadas em correntezas de ar, esses animais são confinados em lugares pequenos, impedidos de uma movimentação adequada para uma ave, ferindo o seu princípio de liberdade.

Por último, são privados do aconchego dado por companheiros da mesma espécie, já que os papagaios vivem em bandos. Desta forma, eles adoecem no pulmão, órgão que faz o contato do indivíduo com o mundo, através da respiração. É o único modo de mostrarem a sua infelicidade. Não adianta medicar somente a parte física, o animal tem que ser feliz para não adoecer.


Todas as terapias complementares abordam a questão da importância do aspecto emocional de seus pacientes, como fator que causa desequilíbrio e origina as doenças, compreendendo o ser vivo como um ser holístico, onde aspectos energéticos, emocionais, recebem a mesma importância interligada aos fisiológicos. Inclusive a Homeopatia que é uma área da medicina.
Seja no reiki, por exemplo, a energia que emana do ser vivo é também alterada pelo aspecto "sentimento" do paciente. Idem na acupuntura, onde os "invisíveis " meridianos são alterados de sua harmonia, ou mesmo na cromoterapia, nos florais, musicoterapia, dentre tantas outras.

Recentemente, a WSPA Brasil lançou um documentário que foi transmitido na TV Cultura, comprovando que os animais sentem dor, medo, prazer, alegria e estresse - além de terem memória e até saudade. Ou seja, são capazes de somatizar suas emoções assim como nós!

A senciência e o bem estar animal, tem ganhado recente relevância no panorama internacional, inclusive influenciando hábitos de consumo e o comportamento da sociedade, que procuram seguir padrões internacionais de bem-estar e até lançam mão de sistemas produtivos alternativos, e esta comprovação se aplica a todos os animais vertebrados: mamíferos, aves, répteis, anfíbios e peixes.

A compreensão da psicossomática e suas interações com o ambiente externo, teve sua evolução através de Sigmund Freud, que, perplexo ao se deparar com o problema do relacionamento entre os fatos da vida psíquica e os da vida orgânica, passou a estudar a histeria, referindo-se aos sintomas físicos da histeria como “aquele misterioso salto da mente para o corpo”, onde uma doença de causa essencialmente psíquica dá lugar a várias expressões corporais. 

 
Durante os estudos, Freud identifica várias semelhanças entre a estrutura cerebral humana e a de répteis, o que o remete ao então estudo de Charles Darwin sobre a evolução das espécies e à discussão da "superioridade" dos seres humanos sobre outras espécies.
Numa fase intermediária ou behaviorista caracterizada pelo estímulo à pesquisa em animais e homens, buscou-se, em relação à psicossomática, enquadrar os achados à luz das Ciências Exatas, tendo se desenvolvido os estudos sobre o estresse.

Embora seus princípios estejam contidos na doutrina médica desde os tempos hipocráticos, só recentemente, com a contribuição de Engel sobre a teoria geral dos sistemas, trazendo o modelo biopsicossocial ao conceito mais recente de saúde da OMS como “equilíbrio biopsicossocial”, a psicossomática assume sua identidade como abordagem investigativa da indissociabilidade mente-corpo ou psicossoma no processo saúde/doença e como prática que demanda a interação multidisciplinar por ter como objeto de investigação o ser senciente e suas complexas interações, demandando vários vértices de observação, como são os conhecimentos multidisciplinares.


Como a psicossomática ocorre nos animais?
 
As informações externas produzem também emoção. Com isso,ocorre um maior número de ligações sinápticas e alterações nos gens, ou seja, nas experiências de vida compartilhada, já que os animais vivem numa relação com o homem, suas emoções, amor e ódio produzem energia interna, alterando por vez o número de conexões sinápticas por neurônio, a produção de proteínas especificas, conforme o tipo de emoção, e conseqüentemente significativas respostas às influências dos fatores ambientais.

A base de liberação hormonal, depois destas influências, está situada no cérebro, então, as questões cerebrais interferem diretamente na secreção de hormônios, ou seja, o estresse e a ansiedade influem nos níveis dos hormônios, ainda que estes sejam sintetizados em glândulas fora do cérebro.
 
Em ratos, por exemplo, como demonstraram GREENOUGH, BLACK e WALLACE (6), observou-se que, aqueles criados em ambientes sociais, equivalente ao genuíno psíquico do processo psicanalítico, comparados com ratos criados em isolamento, equivalente no homem ao processo psicoterápico do mundo consciente, produzem número infinitamente maior de sinapses por neurônio.


Perto de 51 trabalhos em laboratórios com macacos rhesus, ratos, caracóis marinhos, lagostins, etc. de diferentes autores permitiram a evidencia de correlações entre meio ambiente, mente, cérebro e gens enriquecendo inclusive o entendimento psicopatológico das doenças do processo humano.


YEH (15) e colaboradores identificaram um neurônio em um lagostim e suas respostas a serotonina. O efeito da serotonina no neurônio muda de acordo com a condição social do animal. Dois lagostins juntos, um se toma dominante. No dominante serotonina estimulou o reflexo da cauda em vez de suprimi-Ia. 
Do lagostim para o homem a distancia é grande, mas explorando a experiência, os autores especulam que uma pessoa dominante em relação à outra pode estimular a atividade da serotonina com efeitos no cérebro.


Experiências turbulentas e frustrantes por exemplo, acarretam sensibilidade maior e persistente no eixo hipotálamo -pituitário -supra-renal. 


SUOMI (12) em seu laboratório lidando com colônia de macacos, há cerca de 10 anos, apresentou em Simpósio da Fundação Ciba dados significativos com esses animais, em escala social mais elevada. Lidando com macacos considerados "supermães" e jovens macacos ou macacos-bebês, quando separados de suas protetoras, revelaram alterações de conduta, aumento de cortisol e ACTH, parecendo ter também vulnerabilidade genética. Reaproximando as macacas-mães com os macacos-bebês essas vulnerabilidades, muito mais ligadas à ansiedade de separação, do que alguma expressão genética, desapareceram.  

Por outro lado, adestrando macacos-terapeutas eles não se mostravam mais adequados que as macacas-mães.

Estudos de úlceras em macacos mostraram que, aparentemente, tensão emocional provoca úlceras se seu período coincide com algum ritmo natural do sistema gastro-intestinal, na sua fase de bloqueio. 

O experimento realizado colocava dois macacos em "cadeiras restritivas" individuais e tentava-se condicioná-los a evitar um choque elétrico pressionando uma alavanca. Somente o macaco "executivo" poderia evitar que ele e o outro macaco "controle" não recebessem choque elétrico. 


O macaco "controle" diante de uma alavanca falsa não apresentou nenhum sinal de úlcera, já o macaco "executivo" depois de certo tempo de experimento morreu, a autópsia revelou grandes úlceras no duodeno. Este macaco era o único que estava sob tensão emocional diante da alavanca que poderia evitar os choques elétricos. O ritmo mais eficiente para produzir úlcera foi o de 6 horas. Para finalizar devemos ressaltar que foi encontrada também uma bactéria, Helicobater pilori, que é também uma das causas de perfuração ulcerante.

Trocando em miúdos, os animais psicossomatizam e criam doenças. Estas alterações fisiológicas podem inclusive potencializar o efeito de outros medicamentos, anulá-los ou criar outros mais. No caso de animais principalmente internados,sendo o stress grande, se não considerarmos estas variantes psicossomáticas, não estaremos integralmente tratando o todo, ou seja, a causa, simplesmente a doença, que após tratada sem considerar estas questões tão importantes quanto, pode tornar a apresentar-se em outro órgão ou potencializada.
Polêmico, relutado, mas real!


AÇÃO DUPLA E INVERSA DAS DROGAS, segundo a Homeopatia
 
Segundo Dra. Fernanda Valvassoura, médica veterinária, cada vez os remédios receitados são mais “fortes”, e mesmo assim as doenças continuam aparecendo. Alguns profissionais, dão o que chamamos de “tiros de canhão para matar formiguinhas”, utilizando 3, 4, 5 remédios diferentes, cada um cobrindo um sintoma específico, pois ninguém admite erros, e se o animal não melhorar logo ele perde seu cliente. Porém, tratar somente os sintomas cria uma legião de doentes crônicos, consumidores vorazes de medicamentos.

No Organon de Hahenmann, obra fundamental da doutrina homeopática, parágrafo 59, a ação dupla e inversa das drogas de ação oposta é descrita, apoiada em experimentos científicos. Ele constatou que os remédios paliativos administrados provocam duas fases distintas e sucessivas de sintomas:

1ª. Efeito primário (do medicamento): é a ação esperada da droga. Ex : ação analgésica, ou anti-térmica, etc.

2ª Efeito secundário (do organismo): é uma reação contrária, oposta ao efeito primário da droga, devido à busca do organismo pelo equilíbrio, pela homeostase. Dessa forma quando a droga for eliminada do organismo, o paciente voltará a sentir os mesmos sintomas, porém 3 vezes mais fortes, e 3 vezes mais duradouros, pois o organismo produziu efeitos depressores contra a ação primária da droga.

Os medicamentos homeopáticos indicados para os desarranjos orgânicos, agem de maneira diferente dos alopáticos. A diferença está no caminho que o organismo utiliza para chegar até a eliminação dos sintomas, que nesse caso não são suprimidos, diferente do que ocorre no método alopático de tratamento.

O que o remédio homeopático faz é o tratamento pela semelhança sintomática, levando a extinção do desarranjo mórbido através do estímulo à força vital do indivíduo, até alcançar o equilíbio. Ele converte o que chamamos de “doença” ( devido à perturbação da força vital) em saúde, através de outra perturbação da força vital, obrigando o organismo a reagir, ao invés de suprimir sua reação.


A psicossomática e a complexidade dos Florais
 
Segundo a médica veterinária Dra. Eunice Santos Martini Parodi,"Os cães são mais suscetíveis a desenvolver problemas relacionados ao emocional porque funcionam como uma esponja. Em geral, pessoas carentes os adoram; costumam dizer que eles escutam e entendem seus problemas. Eles não só ficam com cara de sofredor, mas realmente sofrem a dor do dono".  

Segundo ela, é comum o animal "compartilhar" uma doença com o dono, por isso não basta tratar apenas o bichinho. "Vejo muito pessoas doentes trazendo animais doentes na minha clínica. Eles querem ajudar o dono e, por tabela, acabam ficando mal e adoecendo também", afirma Eunice.  

Ela conta o caso de uma cadela com grave infecção uterina, normalmente solucionada por meio de intervenção cirúrgica. Em acordo com a dona, decidiram tentar os florais, relegando a cirurgia apenas como último recurso. "Acredito que, se retirasse o útero, simplesmente trocaria o problema de lugar. É preciso solucionar a causa, senão surge outro problema em algum lugar do organismo", explica ela. Depois de muita conversa, descobriu que a dona atravessava um momento profissional difícil. Então medicou o animal pelo sintoma da dona. Resultado: o processo infeccioso reverteu totalmente.


Segundo Eunice, esse foi o primeiro caso de lesão grave que tratou com floral. Mesmo com o resultado positivo, ela prefere utilizar a terapia nos estágios iniciais.
Karin Herzig exemplifica com a história de um filhote, adquirido quando a dona estava de férias e dispunha de todo tempo para ele. Quando ela voltou ao trabalho, o animal desenvolveu uma diarréia, pela dificuldade em lidar com a solidão. Após uma semana de uso dos florais, os problemas foram solucionados. 

Mas, quando o distúrbio tem origem emocional, ambos apresentam os mesmos sintomas. Os mais comuns são diarréia, dermatites, cistite, estresse, medo, ciúmes, depressão, perda de pêlo e de apetite, agressividade ou apatia


Em geral, são provocados pela perda de alguém da família, mudança de ambiente, ausência dos donos, nascimento de criança ou animal novo na casa. 


Já a veterinária Sandra Padovani, de Santo André (SP) alerta que apenas um profissional qualificado pode fazer o diagnóstico correto e indicar o tratamento adequado. 

Ela relata o caso de um cliente que decidiu dar para a cadela o mesmo floral que ele usava, pois acreditava que a apatia do animal era causada pela depressão. 


Depois de uma semana, levou à clínica e descobriu que a cadela estava quase morrendo.(6)


Este exemplo da veterinária Sandra, inclusive serve de alerta àquelas clínicas que vendem florais genéricos, sem necessidade de prescrição, em frascos bonitos e tentadores, e que  conseqüentemente, ou causam outros efeitos no animal, ou levam a falsa informação de que não funcionam, já que para cada caso há necessidade de um composto específico de essências combinadas.


 
Conclusões

Como vimos, desde há muito tempo atrás  se comprova cientificamente  que os animais, assim como nós humanos, possuem a capacidade de absorver as emoções e alterar toda sua estrutura biológica.

A Medicina Psicossomática é uma forma de entendermos porque as pessoas e os animais adoecem, e os motivos que fazem cada um ter um tipo de doença diferente do outro. São estudadas as influências que o ambiente e a personalidade exercem no processo de adoecimento(7).

As terapias complementares, compreendem a questão de sua influência, e devem ser praticadas por profissionais especializados, haja vista a extensão de tudo o que envolve. 


Muitas delas requerem  que também se entenda a questão humana inserida, como vimos por exemplo no caso citado dos florais Ou seja, não basta se aperfeiçoar em florais para animais,é necessário o conhecimento deles para humanos, já que os dois devem ser tratados concomitantemente, daí a eficácia do tratamento do animal, por exemplo, sendo que cada um necessita de conhecimento específico.
 
Porém, independente da especialização que um médico veterinário possa optar, uma vez que a quantidade de cursos que se dispõe no mercado é grande e atrativa, mas nem sempre bem explorada, didática e profunda por tudo o que envolve, se faz necessário compreender principalmente como se dá este processo da psicossomatização, também para compreender o que inconscientemente transmitimos a todos que nos cercam, apesar da nossa consciência.

Um exemplo bem simples: Você pode estar realizando um procedimento padrão, mas inconscientemente tem dúvidas, está receoso... O animal, por "vias indiretas" vai captar estas informações, alterar suas reações e interferir no resultado...Isto é só uma ilustração, mas o processo se estende à tantas coisas e tantas relações, nem sempre só causando doenças, mas contradizendo nossas atitudes indiretamente e sempre, interferindo nos resultados...

Sendo assim, nada mais ilustrativo do que assistirmos ao filme cujo tema  aborda, sob uma versão bem didática o enfoque das emoções e suas afecções nos organismos.

Na próxima página, este filme que gerou muita polêmica na época, cujo tema se torna extremamente necessário para a compreensão da importância das emoções, seja animais ou humanas, e que ainda atualmente norteia contribuições para as ramificações da medicina holística.

Nos próximos artigos irei discorrer mais detalhadamente sobre cada doença e seus aspectos psicossomáticos.


"Conhece-te a ti mesmo. Há 2 mil anos estas palavras foram gravadas no templo de Delfos. São o início da sabedoria. Nelas está a esperança da vitória sobre o mais antigo dos inimigos do Homem: a Vaidade. Este conhecimento agora está ao seu alcance. Vamos usá-lo?"


Obs: A homeopatia se utiliza de doses infinitesimais de medicamentos altamente dinamizadas, para atuar com profundidade nos mais diversos desajustes orgânicos. 

O principio de atuação dos medicamentos e' realmente muito interessante. Quanto maior a dinamização, menor e' o numero de moléculas da substância que compõe uma dose do medicamento (a partir da 12a dinamização ha MENOS QUE UMA MOLÉCULA POR DOSE), e mais profunda é a ação do remédio.


Evidentemente, a ação do medicamento homeopático é totalmente inversa daquela dos remédios alopáticos.


Devemos lembrar que a ministração de um remédio homeopático requer (como o Hahnemann não se cansou de alertar) um preparo muito bom do médico para perceber o conjunto de sintomas que propicia o correto diagnóstico do problema e a escolha exata do remédio apropriado. 


Algumas pessoas, no entanto, irão dizer que chegaram a tentar a homeopatia mas que nenhum resultado foi obtido. Por outro lado, temos alguns médicos que, por uma razão ou outra, acabam se aventurando pelos campos da homeopatia, sendo que muitos deles, no entanto, não entendem integralmente os mecanismos sutis de atuação da homeopatia e seus objetivos maiores. Conseqüentemente, acabam deturpando-a em seus fundamentos básicos, ministrando remédios homeopáticos com a postura e procedimento típico de médicos alopatas.


Em uma consulta medica, envolvendo por exemplo um inicio de pneumonia, seja em animal ou humanos, o homeopata, alem de verificar o estado dos pulmões do paciente, irá também investigar durante a consulta sobre outros possíveis problemas existentes e sobre as diversas peculiaridades do sujeito quanto ao seu sono, sede, sentimentos, medos, etc. 


Somente apos ter obtido uma visão global do paciente realmente é que será prescrita a receita.


Bezerra de Menezes foi um medico homeopata e tornou-se um exemplo a ser seguido.


Um medico não tem o direito de terminar uma refeição, nem de escolher hora, nem de perguntar se e´ longe ou perto, quando um aflito qualquer lhe bate a porta. 

O que não acode por estar com visitas, por ter trabalhado muito e achar-se fatigado, ou por ser alta noite, mau o caminho ou o tempo, ficar longe ou no morro o que, sobretudo, pede um carro a quem não tem com que pagar a receita, ou diz a quem chora a porta que procure outro, esse não e´ medico, e´ negociante de medicina, que trabalha para recolher capital e juros dos gastos da formatura. 

Esse e´ um infeliz, que manda para outro o anjo da caridade que lhe veio fazer uma visita e lhe trazia a única esportula que podia saciar a sede de riqueza do seu Espirito, a única que jamais se perdera nos vais-e-vens da vida.
Bezerra de Menezes


Nenhum comentário:

Postar um comentário