terça-feira, 17 de novembro de 2009

CASTRAÇÃO


Por que castrar

A cirurgia de castração ou esterilização está se tornando cada vez mais comum. Nos Estados Unidos e na Inglaterra, por exemplo, é raro encontrar gatos de estimação que não tenham sido castrados.  A castração, por impedir que o animal se reproduza, tem sido divulgada por ONGs e por governos como uma das melhores maneiras de controlar o excesso de animais e, conseqüentemente, diminuir o abandono. Essa cirurgia também tem sido recomendada para evitar problemas comportamentais. Apesar dessas vantagens, no Brasil existe ainda bastante resistência à esterilização. Alguns proprietários temem o perigo da anestesia, outros acreditam que o animal perde a personalidade ou se torna gordo e preguiçoso. Embora alguns medos possam de mitos ou referem-se a problemas que podem ser solucionados de maneira prática e fácil. As principais dúvidas sobre a castração e seus efeitos sobre o comportamento serão aqui discutidas.  

O que muda
 
Pela castração ou esterilização se retiram os testículos dos machos ou os ovários e o útero das fêmeas. Com isso ocorre a interrupção da produção de hormônios sexuais, o que pode alterar os comportamentos influenciados por eles, além de pôr fim à produção dos espermatozóides e dos óvulos. 


Riscos

Com a evolução da medicina veterinária, tornou-se raríssimo perder um animal por causa da castração. As chances de ocorrer problema durante ou após a cirurgia se reduzem ao mínimo se forem feitos exames prévios de sangue e de coração, principalmente se houver suspeita de doença, se a anestesia for inalatória e se o animal não estiver obeso. Por isso, procure seguir corretamente todas as dicas do seu veterinário. A recuperação costuma ser bastante rápida, levando no máximo alguns dias.
Assim como se pode dizer que há sempre risco numa cirurgia, por menor que seja, há também risco se a cirurgia não for feita. Com a presença dos hormônios sexuais no organismo, os machos não castrados estão mais sujeitos do que os castrados a desenvolver câncer de próstata e nos testículos (o castrado não tem mais testículos) e as fêmeas, infecção no útero e câncer de mama (quando a esterilização ocorre antes do primeiro cio, a chance de desenvolver esse tumor é muito menos, próxima a zero). 

Ganho de peso
 
É possível que a esterilização aumente a tendência de o gato engordar. Com a redução dos hormônios sexuais, ocorrem alterações metabólicas e elas podem contribuir para o acúmulo de gorduras. Uma das possíveis decorrências é o metabolismo ficar mais eficiente, e o  gato engordar.


Uso de produtos veterinários

Devemos sempre levar em consideração o sofrimento psicológico e os possíveis traumas que alguns procedimentos podem causar. Às vezes, é preferível anestesiar ou sedar o gato antes de submetê-lo a algo muito estressante. Nesse caso, peça orientação ao veterinário sobre o medicamento e a dose a serem utilizados.





Dúvidas


"A castração deixa o animal gordo"
Falso. A castração pode causar aumento do apetite, mas se a ingestão de alimento for controlada e o dono não ceder às vontades do animal, o peso poderá ser mantido. Observa-se que animais castrados quando jovens, antes de completar 1 ano de vida, apresentam menos sinais de aumento de apetite e menor tendência a se tornarem obesos. A obesidade pós castração é causada, na maioria das vezes, pelo dono e não pela cirurgia.


"A castração deixa o animal bobo"
Falso. O animal ficará letárgico após a castração apenas se adquirir muito peso. Gordo, ele se cansará facilmente e não terá a mesma disposição. A letargia é conseqüência da obesidade e não da castração em si. Os animais na fase adulta vão, gradativamente, diminuindo a atividade. Muitos associam erroneamente esse fato à castração.


"A castração mutila o animal, é uma cirurgia cruel!"
Falso. A cirurgia de castração é simples e rápida e o pós-operatório bastante tranqüilo, principalmente em animais jovens. É utilizada anestesia geral e o animal já estará ativo 24 horas após a cirurgia. Não há nenhuma conseqüência maléfica para o animal que continuará a ter vida normal.


"A castração evita câncer na fêmea"
Verdadeiro. As fêmeas castradas antes de 1 ano de idade, têm chance bastante reduzida de desenvolver câncer de mama na fase adulta, se comparado às fêmeas não castradas. A possibilidade de câncer de mama é praticamente zero quando a castração ocorre antes do primeiro cio. A retirada do útero anula a chance de problemas uterinos bastante comuns em cadelas após os 6 anos de idade, cujo tratamento é cirúrgico, com a remoção do órgão.


"O macho castrado não tem interesse pela fêmea"
Falso. Muitos machos castrados continuam a ter interesse por fêmeas, embora ele seja menor comparado a um animal não castrado. Se o macho é castrado e há uma fêmea no cio na casa, ele pode chegar a cruzar com ela normalmente, sem que haja fecundação.


"Castrando os machos eles deixam de fazer xixi pela casa"
Verdadeiro. Uma característica dos machos é demarcar o território com a urina. Se o macho, cão ou gato, for castrado antes de um ano de idade, ele não demarcará território na fase adulta. A castração é indicada também para animais adultos que demarcam território urinando pela casa. Nesse último caso, pode acontecer de animais continuarem a demarcar território mesmo após a castração, pois já adquiriram o hábito de urinar em todos os lugares.


"Deve-se castrar a fêmea após ela ter dado cria"
Falso. Ao contrário do que alguns pensam, a cadela não fica "frustrada" ou "triste" por não ter tido filhotes. Essa é uma característica humana que não se aplica aos animais. Se considerarmos a prevenção de câncer em glândulas mamárias, ela será 100% eficaz, segundo estudos, se feita antes do primeiro cio. O ideal é castrar o quanto antes.


Para que castrar os machos?
1. Evitar fugas.
2. Evitar o constrangimento de cães "agarrando" em pernas ou braços de visitas.
3. Evitar demarcação do território (xixi fora do lugar).
4. Evitar agressividade motivada por excitação sexual constante.
5. Evitar tumores testiculares.
6. Controle populacional, evitando o aumento do número de animais de rua.
7. Evitar a perpetuação de doenças geneticamente transmissíveis como epilepsia, displasia coxo-femural, catarata juvenil, etc.. (em animais que tiveram o diagnóstico dessas e outras doenças transmissíveis aos descendentes).

Se levarmos em conta quantas vezes um animal macho terá oportunidade de acasalar durante toda a sua vida reprodutiva, seria mais conveniente diminuir sua atração sexual pelas fêmeas através da castração. O animal "inteiro" excita-se constantemente a cada odor de fêmea no cio, sem que o acasalamento ocorra, ficando irritado e bastante agitado, motivando a fuga de muitos. O dono precisa vencer o preconceito, algo que é inerente aos humanos apenas, e pensar na castração como um benefício para seu animal.

Para que castrar as fêmeas?
1. Evitar acasalamentos indesejáveis, principalmente quando se tem um casal de animais de estimação.
2. Evitar câncer em glândulas mamárias na fase adulta.
3. Evitar piometra (grave infecção uterina) em fêmeas adultas.
4. Evitar episódios freqüentes de "gravidez psicológica" e suas conseqüências como infecção das tetas.
5. Evitar cios.
6. Controle populacional, evitando o aumento do número de animais de rua.
7. Evitar a perpetuação de doenças geneticamente transmissíveis como epilepsia, displasia coxo-femural, catarata juvenil, etc.. (em animais que tiveram o diagnóstico dessas e outras doenças transmissíveis aos descendentes).

É errado o conceito de que a castração só deve ser feita em cadelas de rua. Se o proprietário não tem intenção de acasalar sua fêmea, seja ela de raça ou não, é desnecessário enfrentar cios a cada 6 meses, riscos de gravidez indesejável e, principalmente, de doenças como câncer de mama e piometra. A castração garante uma vida adulta bastante saudável para as fêmeas e bem mais tranquila para os donos.



Castração precoce
 

Pesquisas americanas indicam a castração antes da puberdade, e apresentam suas vantagens. O objetivo do presente artigo é debater o assunto, questionando e discutindo se realmente existem efeitos negativos, geralmente atribuídos à carência hormonal.

A principal doença reprodutiva das cadelas e o tumor mais comum de cadelas sexualmente intactas é o tumor de mama. Ele é o segundo tumor mais frequente em cadelas e o terceiro mais comum em gatas.
É provado que a sua incidência cai para 0,5% quando a cadela é castrada antes do primeiro cio, mas o efeito da castração na diminuição da incidência deste tumor vai diminuindo com o tempo, sendo que não se altera se a cadela for castrada após o segundo cio. Já nas gatas, a ocorrência de tumor de mama é sete vezes maior em fêmeas não castradas do que naquelas castradas.
Além dos tumores de mama, a castração precoce previne virtualmente quase todos os outros tumores relacionados ao sistema reprodutor, tanto em machos quanto em fêmeas, assim como outras doenças do sistema reprodutor. Por exemplo, uma doença muito comum em cadelas e gatas, principalmente naquelas que receberam hormônios para evitar o cio, é o Complexo Hiperplasia Endometrial Cística (PIOMETRA), doença que se não for tratada a tempo, ou seja, se não for realizada a retirada do útero, pode levar à morte.


Custos

Economicamente, a cirurgia em filhotes é muito menos onerosa do que em adultos, pois consome menores quantidades de anestésicos e materiais em geral, sem ainda falar no tempo, pois a cirurgia é muito mais rápida do que no animal adulto.
Outra vantagem em se castrar filhotes é fazer com que, após a adoção, não exista o risco destes animais se reproduzirem e agravarem a questão da superpopulação, pois a maioria dos proprietários não está consciente do problema, e deixa seus animais se reproduzirem sem critérios. Quando se trata da fêmea, o quadro é ainda pior, pois muitas vezes o que vemos são os donos matarem os filhotes assim que nascem, ou jogá-los na rua para que morram ou sejam adotados, e quando eles sobrevivem, acabam tornando-se cães vadios, sem dono, passando fome nas ruas e transmitindo doenças para outros animais, e mesmo para as pessoas. O que fazer? Ser conivente com a carrocinha e o sacrifício em massa, ou adotar uma política consciente de castração?

Mitos e Preconceitos

Embora com o conhecimento das vantagens que a castração precoce pode propiciar, ainda existe um receio por parte dos veterinários e da própria população em castrar animais jovens. Os principais problemas citados na literatura mais antiga, e que caíram na crença popular são citados e discutidos a seguir.



Retardo no Crescimento

A maturidade do esqueleto está muito relacionada à puberdade, e sofre ação direta dos hormônios sexuais, além de outros. Embora não essenciais, os hormônios sexuais influenciam em todo o metabolismo do esqueleto. Dessa forma, foi constatado que a castração precoce atrasa o fechamento das epífises ósseas, o que quer dizer que o animal permanece em fase de crescimento por mais tempo, e com isso tem estatura ligeiramente maior do que teria se não fosse castrado; além disso não ocorrer em todos os animais castrados antes da puberdade, este efeito não traz nenhum problema, uma vez que não estamos falando de padrões de raça em animais que participam de competições, pois os animais para exposição devem reproduzir.
Quanto ao maior risco de fraturas, nada foi comprovado a respeito e, na experiência dos autores onde mais de 13 filhotes castrados, entre cães e gatos, nenhum apresentou qualquer alteração significativa.

Obesidade
 
Foi provado, cientificamente, que aproximadamente 30% das cadelas castradas engordam devido ao aumento do apetite, e parece que o mesmo ocorre em gatas. Porém, se a ingestão de alimentos for controlada após a cirurgia, esse problema tende a diminuir.
Estudos realizados em ratos e seres humanos mostram que, se a castração for feita antes da puberdade, não há aumento na tendência à obesidade, e o mesmo foi comprovado em nosso estudo com cães e gatos, onde nenhum dos filhotes castrados engordou em demasia após a cirurgia.

Problemas de pele 

Vários problemas de pele tem sido atribuídos à castração, como dermatites e queda de pêlos, mas nenhum trabalho comprovou que tais problemas fossem inerentes à castração, uma vez que animais não castrados também apresentam estes problemas.



Mudanças de comportamento

É da crença popular que animais castrados ficam mais mansos e preguiçosos. Vários trabalhos tem sido feitos comparando em competições o comportamento e performance dos animais que foram castrados após a puberdade, mas quando receberam a mesma alimentação e cuidados que os animais inteiros, não mostraram nenhuma diferença.
Por outro lado, com relação à "vadiagem", ou seja, o fato dos animais (cães e gatos machos, principalmente) viverem fora de casa, procurando fêmeas no cio ou brigas com outros machos, estes hábitos diminuem em 90% dos casos após a castração, além de reduzir consideravelmente a agressão entre machos e a marcação de território com a urina. Vale ressaltar que outros tipos de agressividade, principalmente no caso de cães de guarda, não é afetada.
Concluindo, nenhuma diferença de comportamento nas brincadeiras, caça, monta, dominância e guarda, ocorre em animais castrados, seja precoce ou tardiamente.

Problemas urinários

Relativamente muito pouco se sabe com relação aos efeitos dos hormônios sexuais sobre o sistema urinário em cães e gatos.
Porém, sabe-se que os problemas antigamente atribuídos à castração, como aumento da predisposição à obstrução uretral em gatos, ou a incontinência urinária em cadelas, ainda merecem maiores esclarecimentos.
A incidência de obstrução uretral em gatos é a mesma em gatos castrados ou não, embora os mecanismos dessa patologia ainda não tenham sido esclarecidos.
Com relação à incontinência urinária em cadelas, ela pode ocorrer de semanas a anos após a cirurgia de castração, assim como em cadelas inteiras. Vários problemas anatômicos e fisiológicos estão associados ao problema, e não se tem ainda uma causa definida. Se há influência hormonal, não há evidências que sugiram que a castração precoce irá potencializar o problema.

Riscos anestésicos e cirúrgicos

Quando filhotes com menos de 12 semanas são anestesiados, atenção especial deve ser dada para o pequeno tamanho do paciente e as diferenças na distribuição, metabolismo e excreção dos anestésicos mas, de maneira geral, a cirurgia é feita em menos de 15 minutos nas fêmeas e 5 minutos nos machos, tornando-se bastante segura.

Predisposição a doenças infecto-contagiosas

Uma das maiores preocupações daqueles que adotam a castração precoce é saber como o estresse da anestesia e da cirurgia irá afetar a susceptibilidade a doenças infecto-contagiosas, como a Parvovirose ou a Cinomose.
Quando a cirurgia é feita até os 30 dias de idade, os filhotes se recuperam imediatamente após o término da anestesia, e já começam a mamar e brincar uns com os outros, mostrando que o estresse é mínimo, assim como a dor parece ser a mesma de um corte de rabinho, o que não ocorre em adultos, os quais sentem muita dor e às vezes passam um ou dois dias, após a cirurgia, muito apáticos e sem se alimentar .
De maneira geral vemos que a castração precoce só traz vantagens, e que é necessária a ajuda de todos aqueles que gostam de animais, para que possamos acabar com esse quadro horrendo que povoa nossas ruas e canis municipais, sempre lotados de cães à espera da morte.
 

Campanhas de Castração e Esterilização

A população de cães e gatos cresce dia após dia. Porém, nem todos aqueles que nascem conseguem ter um dono ou um bom lar. São os chamados cães e gatos de rua. E você sabe qual o destino desses pobres animais? O sacrifício.
Não há lugar para abrigar tantos cães e gatos. Assim, a eliminação desses animais é escolhida como solução... Não seria mais humano e racional evitar o nascimento de tantos animais? 

Campanhas têm sido feitas em várias cidades, com o apoio das prefeituras. Essa é uma idéia que deve ser propagada, pois somente assim evitaremos a morte de centenas de animais. O intuito é orientar as pessoas que permitem que seus cães ou gatos acasalem indiscriminadamente, a castrarem os seus animais. 
Claro que isso não se aplica a proprietários conscientes, que se preocupam com o destino da ninhada. Mas, infelizmente, nem sempre é assim... Ninhadas são abandonadas no meio da rua e aqueles que sobreviverem irão gerar mais e mais animais que terão destino incerto. Muitos permitem que seus bichinhos andem soltos e não tem controle sobre os acasalamentos. E a história se repete: gestação indesejada, ninhada abandonada, mais cães na rua. Para muitos casos a esterilização, principalmente das fêmeas, é a melhor solução.

Métodos de esterilização

ovariohisterectomia (retirada de útero e ovários)
orquiectomia (retirada dos 2 testículos)
Vasectomia (interrupção da passagem dos espermatozóides, o animal acasala mas não é fértil)

A castração também é indicada para a prevenção de doenças como tumores prostáticos, mamários e uterinos. Os animais castrados têm menor probabilidade de desenvolver comportamento agressivo e, muitas vezes, a castração é indicada com essa finalidade: diminuir a agressividade em cães e gatos. Assim, vale a pena considerar este assunto. Cada caso deve ter a avaliação e orientação de um médico veterinário. O profissional, inclusive, poderá esclarecer as dúvidas sobre a castração, um assunto bastante polêmico. 
 

Vasectomia e laqueadura
 
Quando castramos um animal serão retirados os testículos, no macho ou os ovários e útero, na fêmea. Com esse processo, as cadelas e gatas não acasalarão mais, pois o contato sexual com um macho está na dependência de alterações hormonais que ocorrem no cio. Não tendo mais cios, a fêmea não permitirá a aproximação de um cão/gato para o acasalamento. Os machos, após a castração, também não terão o estímulo hormonal para acasalarem, embora alguns cães e gatos, mesmo castrados, possam cruzar com uma fêmea no cio. 
Além da castração, exitem outros métodos de esterilização dos animais: a vasectomia (macho) e a laqueadura (fêmea). Nesses casos, os orgãos sexuais não são retirados, mas é feita uma interrupção na passagem dos óvulos, no caso da fêmea ou dos espermatozóides, no caso dos machos. Os animais continuarão acasalando, mas serão inférteis.
A laqueadura e vasectomia seriam bons métodos de controle populacional em animais, porém, existem alguns pontos que desistimulam o seu uso.

Em gatos:
 
- não evitará que os machos urinem pela casa para demarcar o território e eles continuarão fugindo em busca de fêmeas;
- a cirurgia não pode ser revertida em machos ou fêmeas;
- as gatas continuarão a ter cios após a laqueadura e essa cirurgia não evitará a ocorrência de doenças uterinas na fase adulta do animal.



Assim, embora a laqueadura e vasectomia sejam feitas em animais, o uso não é frequente. A castração é o melhor método de esterilização. Lembrando que se o animal for castrado, ele não ficará frustrado ou traumatizado por nunca ter cruzado. O desejo sexual nos animais é estimulado por fatores hormonais e não existe ocomponente psicológico como nos humanos.
Mas para alguns proprietários que possuem um casal de cães ou gatos e se recusam a castrá-los, a laqueadura da fêmea ou vasectomia do macho é um bom método para se evitar ninhadas freqüentes.
  



Ausência de testículo(s)
 
A falta de um dos testículos é um problema genético, ou seja, um defeito transmitido dos pais para os filhos. Existem duas possibilidades: o animal nasce com 1 testículo apenas (mais raro) ou nasce com os dois, mas apenas um desce para a bolsa escrotal ("saquinho"). Se ele tiver menos de 3 meses, pode ser tentado um tratamento hormonal para fazer o outro testículo descer, o que nem sempre dá resultado.
As implicações da falta de um testículo são as seguintes:
o animal não deve reproduzir, pois vai perpetuar o defeito. Ele pode, mas não deve.
se ele tiver o 2o testículo retido, existe uma possibilidade dele desenvolver um tumor benigno (sertolioma) quando ele estiver mais velho (6 a 8 anos). Ocorre queda de pêlos, escurecimento da pele, síndrome de feminilização (aumento das glândulas mamárias) etc., que são perfeitamente reversíveis após a remoção cirúrgica dos 2 testículos.
Existem muitos cães que só tem 1 testículo, mas que não desenvolvem esse quadro. Mais raramente, o testículo (que normalmente desce para a bolsa logo após o nascimento) pode descer até um ano de idade.
Existe a possibilidade de se fazer cirurgia corretiva para esse tipo de problema, mas o significado é apenas estético. Os cães com um só testículo são férteis em sua grande maioria, mas o acasalamento desses animais não é aconselhado, para que o defeito não se perpetue.
 

  

   

Nenhum comentário:

Postar um comentário